- O que é agonista? E antagonista?
- Por que agonista e antagonista são nomenclaturas utilizadas em farmacologia?
Por que este site é chamado Agonista?
Bom, vamos responder todas essas perguntas!
A palavra "agonista" vem do grego αγωνιστής, ou seja, agonistés e deriva também do latim tardio "agōnista", que quer dizer 'competidor', uma pessoa engajada em um conflito, desafio ou competição. Na Grécia antiga, era um lutador ou um indivíduo que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico, em preparação, por exemplo, para o serviço militar.
Em retórica (arte de bem falar) era uma técnica de argumentação usada para fazer valer uma opinião. Já em anatomia, um músculo agonista é aquele cuja contração favorece o movimento desejado e se contrapõe aos músculos que restringem esse movimento (músculos antagonistas).
Já dentro da bioquímica e principalmente da farmacologia - mais especificamente da farmacodinâmica, que se dedica ao estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação -, um agonista é uma substância química endógena (por ex.: neurotransmissor fisiológico) ou exógena (por ex.: fármaco ou droga), que interage com um receptor de membrana, ativando-o e desencadeando uma resposta que pode ser o aumento ou a diminuição de determinada atividade celular à qual o receptor está associado.
Se um fármaco se liga ao mesmo sítio de reconhecimento de um agonista endógeno (ou seja, uma substância química desencadeadora de resposta intrínseca à fisiologia do nosso organismo), diz-se que o fármaco é um agonista. E se essa resposta é fruto de uma eficácia parcial do fármaco, independentemente da concentração utilizada, ele é descrito como agonista parcial. Já os fármacos que estabilizam o receptor em uma conformação inativa são conhecidos como agonistas inversos. Os agonistas alostéricos (ou alotópicos), por sua vez, ligam-se a uma região diferente do receptor, que é conhecida como sítio alostérico ou alotópico. Por fim, os co-agonistas necessitam uma combinação de dois ou mais agonistas para induzir uma resposta biológica.
Ao contrário dos agonistas, os fármacos que bloqueiam ou reduzem a ação de um agonista são conhecidos como antagonistas. Na maioria dos casos, o antagonismo resulta da competição com um agonista pelo mesmo sítio de ligação (ou por um sítio sobreposto) do receptor (interação sintópica), mas também pode ocorrer por interação com outros sítios do receptor (antagonismo alostérico), por combinação com o agonista (antagonismo químico); ou por antagonismo funcional por inibição indireta dos efeitos celulares ou fisiológicos do agonista.
Vale ressaltar a diferença entre os agonistas inversos e os antagonistas. Os agonistas inversos ligam-se ao mesmo receptor que um agonista, mas desencadeiam uma resposta biológica oposta. No caso do antagonista, a resposta do agonista é inibida.
Você pode ver um esquema simples de ilustração do que foi informado acima na imagem abaixo. Infelizmente, a finalidade desse artigo não é aprofundar os conceitos e explicações de cada tipo de agonista e antagonista. Novos artigos virão, onde pretendemos abordar esses assuntos.
E quanto a escolha do nome deste site? Por que Agonista? Bom, procuramos um nome que fosse suficientemente curto, que fosse fácil de ser falado, amplamente reconhecido pela linguagem de qualquer farmacêutico, e representativo de grande parte da atuação profissional dos mesmos. Depois de algumas tentativas fracassadas de definição de nome, “Agonista” foi aceito como uma excelente opção. Afinal, pelas nossas pesquisas, não existem empresas, sites e redes sociais no Brasil com esse nome, ainda mais na área de Farmácia. Até mesmo internacionalmente existem poucas (encontramos umas 2 empresas de língua espanhola na área de farmácia com nome Agonista).
HILAL-DANDAN, R.; BRUNTON, L. L. Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. 2a ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.
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